Iniciamos um novo período dentro da Igreja, e também um período de dois meses, que servirão muito para reflexão e ação. Dois períodos se juntam nestes meses – Quaresma e Páscoa.
Na Quaresma, queremos mais apropriadamente reservar tempo para pensarmos em cada passo que Nosso Senhor Jesus Cristo deu em direção àquela maldita e humilhante cruz. Passos que foram dados de maneira decisiva, sem nunca demonstrar nenhuma dúvida acerca do que Ele tinha de fazer, são os passos que cada ser humano devia fazer, mas isto levaria todos a morte eterna.
Podemos dizer que a Quaresma se junta ao Advento, assim como a Páscoa ao Natal. Quaresma e Advento são épocas de espera, preparação e reflexão. Preparamos nossas casas, mas também precisamos preparar nossa vida. Esperamos ansiosamente pelo nascimento do Salvador, e aguardamos com grande expectativa os acontecimentos finais da Quaresma, que termina na Páscoa.
Enquanto Quaresma e Advento podem ser resumidos em espera, Páscoa e Natal, são o cumprimento. Deus Pai, em sua infinita graça e misericórdia não deixou a humanidade mergulhada na incerteza e na condenação eternas, merecidas pelo homem, por causa do pecado, mas ele foi ao encontro do homem, prometendo e cumprindo suas profecias, demonstrando assim que não apenas criou os seres humanos, mas também os salvou em Cristo Jesus.
Onde reinou a morte e o pecado, ele deu vida e perdão. Onde a condenação era certa, ele salvou. Esta maneira de agir pode ser resumida nas duas palavras finais do título desta pequena reflexão – “acolhendo e integrando”.
Para acolher e integrar, era preciso perdoar e pagar o preço. Jesus, o perfeito e único Filho do Pai, pagou o preço, nos reconciliando com o Pai, ao ponto de sermos chamados de filhos verdadeiros deste Pai. Assim como cada um de nós foi acolhido e integrado por Deus, assim também nós precisamos agir em relação a qualquer pessoa, não fazendo distinção, mas lembrando do que Jesus disse a cada pessoa que por ele foi transformada – “vai e não peque mais”. A mudança de vida não é automática, mas progressiva e diária. Com Martinho Lutero aprendemos e afirmamos que precisamos diariamente, “afogar o velho homem (velha natureza, natureza corrompida) por contrição (verdadeira dor) e arrependimento.e que renasça o novo homem criado em Cristo Jesus. Escrever é fácil, mas fazer isto requer muito esforço, e nem sempre conseguiremos fazer tudo perfeitamente, e quando isto acontecer, busquemos em Jesus o perdão gratuito e força necessária para lutar contra o pecado, fazendo a vontade de Deus. Que sua vida seja transformada completamente, neste tempo de Quaresma e Páscoa.
Rev. Valdir Klemann
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